Para começar esse texto, fica uma pergunta no ar:
Atualmente a maioria dos treinadores de futsal das categorias menores estão pensando exclusivamente em vencer suas partidas, ou estão preocupados em ajudar seus as crianças na sua formação e no aprendizado da modalidade do futsal?
Em meu ponto de vista, nos deveriamos preocupar-se com a formação das crianças como aprendizes de um jogo complexo que é o futsal, e deixarmos de lado o Imediatismo de se preocuparem apenas com vitórias de qualquer jeito, apesar de ser uma modalidade menos deslumbrada pela mídia e possuir menor investimentos, mas é uma modalidade que requer não somente a técnica, mas sim também inteligência.
Não coloco essa " Excelência " ao ponto de excluir vitórias e conquistas de títulos, pois entendo e compreendo que a vitória e o título é um Objetivo, mas não é único.Defino a palavra vitória não só como saborosa, mas vejo também que a vitória é uma momento de reflexão e o mesmo se estende para a palavra derrota, onde para maioria é desastrosa, mas para mim é um momente de refletir.
Seria muito mais fácil para mim aplicar treinos coletivos com chutões diretamente nos gols, treinos sem padrões táticos e sem tomadas de decisões para os jogadores, treinos sem jogadas ensaidas e sem preocupações com o desenvolvimento intelectual das crianças, pois para fazer o simples basta "soltar a bola" ou na linguagem do boleiro " soltar o porco ".
MAS SOU DIFERENTE, pois acredito nesse grupo de crianças que estão jogando uma modalidade as vezes sem saber o por que estão fazendo, pois ainda não tem a maturidade necessária para saber os valores, mas reconheço que todos os que estão jogando no grupo da Portuguesa Futsal categoria sub-11, poderão um dia chegar ao nível máximo da excelência na modalidade.
Infelizmente, como professor de educação física que trabalha diretamente no futsal, tenho a ciência que nós não estamos formando verdadeiros jogadores para o futsal , mas sim estamos formando para o futebol de campo, mas o que não dá é para simplificar e assumir a idéria de o melhor vence e o pior perde.
Quantas vezes as equipes de futsal/futebol saem da quadra ou do campo com o resultado positivo, mas sem apresentar um futsal/futebol de qualidade?
Para os pais e profissionais ( Diretores, coordenadores, supervisores ) do futsal/futebol de base, o que é mais importante, VENCER OU FORMAR?
A idéia desse texto em forma de um "desabafo", é sobretudo desmestificar a idéia reducionista de que apenas vencer vale a pena e a derrota significa imcompetência, pois podemos vencer e mostrar o por que estamos vencendo, portanto deixo um recado à todos: Apoiem um novo trabalho, não critiquem as idéias sem saber o por que estão sendo feitas e lembra-se que estou nessa mesma empreeitada para somar e ajudar a todos vocês e nunca para dividir !!!!!!!!
Profº Fernando Romano
Técnico categoria sub-11
A.Portuguesa de Desportos Futsal
Muito pertinente seu comentário, Romano. Isto vale para as demais modalidades (futebol de campo em especial) que conforme postei em meu blog (rbcaldas.blogspot.com) sabemos que se tratam de garotos com um futuro brilhante pela frente, seja nos esportes como na vida pessoal, pois já estão aprendendo liçoes de adversidades, superações, trabalho em equipe e disciplina. Nós pais temos o compromisso moral de darmos bons exemplos, demonstrações de apoio incondicional e palavras de incentivos, bem como respeito ao adversário ao jogar com fair play e ética.
ResponderEliminarTambém devemos lembrar que o futebol é um instrumento de fácil mobilidade de emoções de massa tanto positivas como negativas, pode nos levar a alegrias e decepções. A maioria das pessoas lidam de formas diferentes a estes estímulos (vejamos os exemplos de agressões recentes a jogadores), porém o papel dos pais, professores e pessoas envolvidas nesta empreitada de formação caráter destes futuros homens é de proporcionar o melhor ambiente possível e através de exemplos não gerar intolerância e preconceito em mundo em transformação.
Um grande abraço e continue com este filosofia de trabalho.
Renato Caldas (Projeto 2017)